top 100 | Os filmes da minha vida (17)

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No episódio pós-carnavalesco da saga mais irrelevante da internet mundial, cês ficam com mais dois filmezinhos que ganharam uma série expressiva de 10, notas 10, na minha apuração particular de votos & quesitos.

Para não burlar o regulamento defendido pela comissão organizadora (isto é: eu), este ranking parmanece totalmente fiel ao compromisso de revelar muito sobre as minhas lembranças cinematográficas e, infelizmente, pouco sobre os filmes em si (até porque não lembro muito bem de vários deles).

Neste capítulo, por exemplo, temos um longa-metragem que geralmente aparece em listas de melhores e outro que, bem, cês entenderam como funciona este jogo.

068 | Conta Comigo | Stand by Me | Rob Reiner | 1986

Não me julguem: aos 10 anos de idade, um dos meus passatempos preferidos era caminhar perigosamente na linha de trem que cortava o município litorâneo onde minha família se instalava nas férias de verão. À noite, o trajeto podia ser medonho: quando a máquina barulhenta se aproximava, e os trilhos começavam a tremer, e estávamos (por azar) papeando entre morros, a única escapatória era atirar o corpo nas pedras que forravam a encosta e esperar o fim do turbilhão. Sobrevivíamos. E, após a passagem do trem, algo ficava mais forte na amizade entre os garotos que participavam da aventura. Um sentimento ilustrado à perfeição por este Conta Comigo, um dos maiores entre todos os filme-de-menino

067 | Tempos Modernos | Modern Times | Charles Chaplin | 1936

Foi deveras incomum meu primeiro contato com os filmes de Chaplin. Lembro que eu era muito novo (nove ou dez anos) e que minha mãe, psicóloga, estudava os filmes do homem para escrever um artigo ou algo que o valha. Passávamos tardes esquadrinhando as fitas de VHS, vendo e revendo cenas num indo-e-vindo caótico. Hoje, não consigo separar um filme do outro, e vejo o cinema do diretor como um aglomerado de imagens que parecem contar uma única história. A exceção é Tempos Modernos, que, pouco tempo depois, resolvi rever inteirinho, sem interrupções. O efeito foi de um deslumbramento tão intenso que, na época, pensei lá comigo: ‘este é o modelo de um grande filme’. Desde então, não o revi para confirmar ou desmentir aquela impressão.

11 comentários em “top 100 | Os filmes da minha vida (17)

    Ana disse:
    fevereiro 23, 2012 às 4:44 pm

    “Aglomerado de imagens que pareciam contar uma única história”???
    E se fosse uma única história?! A sua avaliação dos filmes giraria em torno de ser uma única história?
    Acho que você deveria ver inteirinho novamente os outros filmes. A não ser que você também ache que seja filme-de-menino.

    Tiago Superoito respondido:
    fevereiro 23, 2012 às 4:51 pm

    Entendi nada, Ana.

    Adoro os filmes do Chaplin, e acho que você interpretou o texto de uma forma errada. Uma filmografia que conta uma única história não seria um problema em si, ainda que eu saiba que os filmes têm tramas diferentes. Onde eu escrevi que são filmes-de-menino?

    Esta série de posts é sobre o efeito que certos filmes provocaram na minha vida. É um ranking pessoal e desimportante. No mais, pretendo ver os filmes do Chaplin em breve.

      Ana disse:
      fevereiro 28, 2012 às 2:42 pm

      Perdão. Li rápido demais e critiquei mais rápido ainda. Nada contigo, a quem acompanho há algum tempo.

        Tiago Superoito respondido:
        fevereiro 28, 2012 às 8:44 pm

        Tudo bem, Ana

    gabrielraugusto disse:
    fevereiro 23, 2012 às 6:01 pm

    Deus, como eu me sinto deslocado nesse ranking… É um filme que eu não vi depois do outro. E como você consegue colocar 100 filmes em ordem de importância na sua vida, Tiago? Eu precisaria de 100 ano pra começar o esforço.

    Tiago Superoito respondido:
    fevereiro 23, 2012 às 6:14 pm

    Nem eu entendo, Gabriel.

    Daniel disse:
    fevereiro 23, 2012 às 7:17 pm

    Ah, dois clássicos.

    Minhas lembranças sobre os primeiros contatos com os filmes do Chaplin também são bem remotas. Talvez começaram nessa mesma idade (9-10 anos), igualmente pq meus pais são fãs dele. Quando os filmes do Chaplin passavam na TV numa hora em que eu normalmente não estava acordado, eles me acordavam pra vê-los.

    Meu pai tem todos os filmes dele – ou os mais importantes, não sei direito – e até hoje os assiste, eventualmente.

    rafaéu disse:
    fevereiro 24, 2012 às 2:58 am

    Provavelmente a imagem mais marcante da pré-história da minha cinefilia é Chaplin. Mas de Em Busca do Ouro. Eu lembro que passava na cultura e meu pai parou no meio de uma zapeada, justamente na cena em que Carlitos come no sapato.

    Quando eu comecei a assistir filmes mudos foi o primeiro que procurei.

    Tiago Superoito respondido:
    fevereiro 24, 2012 às 9:25 am

    Daniel, também temos quase tudo dele lá em casa. É um dos preferidos da família, hehe.

    Michel Simões disse:
    fevereiro 24, 2012 às 11:41 pm

    isso me faz lembrar o quanto eu ainda não acredito nunca ter visto Conta Comigo

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