2 ou 31 parágrafos | Lost, the end
(Atenção: o texto a seguir pode conter spoilers e informações irrelevantes sobre o episódio final de Lost e sobre as manias de Tiago Superoito)
Sempre vou lembrar de três professoras de português.
Uma delas dizia: “Tiago, não comece uma história sem saber como terminar”. Eu, sete anos de idade, já era craque em parágrafos desregrados. Fluxos e mais fluxos de consciência. E ela me alertando, em agonia: menino, se ampare em vírgulas!, pontos finais são salva-vidas muito úteis! Muito teimoso (antes e hoje, sempre), nunca aprendi nenhuma dessas lições. Escrevo sem cuidado ou itinerário.
Lost highway.
A outra professora, que era a própria Afrodite, tentou me ensinar tantas fórmulas, truques, tantas manhas de redação! Tantas dicas que me salvariam de tantas gafes! Não ficou quase nada. Só uns flashes: o rosto rosado, a franja sobre os aros redondos dos óculos, a voz agudíssima (um terror) e o conselho: “na literatura, Tiago, tudo é possível”. E meu coração inflava: ah. Ela estava certa ou estava errada? Nunca nem refleti sobre o assunto. O que fiz foi acreditar, e acredito: no papel, tudo é possível.
A terceira e mais intrigante, cansada dos meus delírios imaturos, me orientou: “Termine o texto da forma como quiser, Tiago, mas com beleza“. Eu não entendi. A ideia sempre me pareceu um mistério e, no mais, eu terminaria os meus textos como eu bem entendesse. Tudo é possível, tudo é possível. Eu era (sou) um cabeça de pedra. Mas depois, anos e mais anos depois, entendi o que ela queria dizer: eu deveria terminar meus textos com graça e elegância, como quem se despede de alguém que se ama.
Também não me vejo cumprindo essas formalidades. Mas, desde que me entendo por leitor, sempre me assombro com os desfechos extraordinários. Os desfechos iluminados. Belos ou feios ou chocantes ou abruptos e antipáticos. Tanto faz. Dizem que os primeiros parágrafos são atestados de inteligência e bom senso. Sempre preferi as conclusões.
Quando passo das cem páginas de um livro, me apresso para saber como ele vai terminar. Não me interessa exatamente o destino dos personagens. Quero saber como o livro termina. Como. Com que frase, adjetivo, interjeição, pensamento ou provocação. Um ponto final nunca é igual a um outro.
Voltei a pensar nessa minha mania quando ouvi os comentários sobre último capítulo de Lost. Os comentários dos outros e os meus comentários. Todos apaixonados, agressivos, furiosos, já que séries duradouras de tevê são como bandas de rock ou times de futebol. Nos afeiçoamos a elas. Dê três temporadas, apenas três temporadas, e elas grudarão na nossa parede feito fotografia de infância.
Um parêntese que explica a minha relação com séries: comecei a ver Lost ainda na primeira temporada, a contragosto. Minha namorada gostou e eu fui atrás. No início, me pareceu um show oportunista, mix de Survivor com Arquivo X. Nada especial. Na segunda temporada, eu já associava as aventuras de Jack, Sawyer e Locke ao jeito como a minha namorada deitava a cabeça no meu colo enquanto assistíamos aos episódios. Ao perfume, ao sofá da casa, ao barulho do ar condicionado. Na sexta edição, cada um dos capítulos me trouxe saudades dela, que hoje mora em outra cidade. Em mim, o seriado se transformou em uma espécie de souvenir, polaroide de uma época que passou.
Meio forte. E você entende?
Escrevi esse parêntese só para ilustrar como às vezes nos conectamos a esses programas muito tolos de tevê. Lost não é irrelevante, eu sei: poucas séries souberam brincar tão graciosamente com o tempo. Pretérito, presente do indicativo, futuro imperfeito. Muito se falou sobre os mistérios da ilha onde o avião da Oceanic se espatifou, mas o que me deslumbrou foi o jogo narrativo. Os flashbacks, flashforwards e flashsideways, soltos no ar.
Os fãs têm uma relação extremamente passional com a série, a série é só deles, e entendo a origem desse fogo. Tem muito a ver com a cumplicidade que sentimos em relação aos nossos ídolos pop. Confiamos neles. Torcemos para que, em retribuição, eles nos sejam fiéis. Perdoamos tropeços. E, nas situações mais trágicas, reconhecemos que eles nos deixaram de coração partido.
Sem querer ser piegas, mas a season finale de Lost partiu o coração deste fã aqui.
E acho que por um motivo que me leva aos desfechos brilhantes de livros que amo: não há encanto, elegância, graça ou inteligência nessa conclusão. Pior: é uma conclusão translúcida, banal como um show barato de mágica. Deixo de me deslumbrar quando descubro por que o coelho sai da cartola.
Eu acreditava – mesmo com todos os indícios de erro – que os roteiristas-ilusionistas seriam capazes de me assombrar. Mas aí a culpa é de quem? Minha, que esperava muito? Ou da série, que me ofereceu tão pouco?
Ou ninguém é culpado e o divórcio é amigável?
Não me pergunte. O curioso é que reagi às patetadas do episódio como um fã de rock que, num belo dia, recebe a notícia de que o ídolo decidiu se despedir do showbusiness com um disco ultraóbvio de canções natalinas.
The end me parece, sob todos os aspectos, um disco ultraóbvio de canções natalinas. Um episódio que nos chantageia, nos maltrata, nos subestima. Uma tortura em dó maior. Compartilho, até instintivamente, da irritação de alguns fãs: seis anos e isso? É muito tempo. Conheço gente que mudou três vezes de emprego nesse período de tempo. E os enigmas que não se resolveram? E os números? E o projeto Dharma? E os monumentos de pedra? E o Walt, coitado? E o nosso futuro?
Séries de mistério são quase sempre uma armadilha. Veja o caso de Arquivo X. O vilão é o tempo, sempre ele. O suspense é prolongado excessivamente, a multiplicação de subtramas deixa inúmeras pontas soltas nos roteiros, a mitologia vira um fardo e toda tentativa de encontrar soluções para os enigmas da trama soam simplórias, apressadas. Estava escrito: Lost só agradaria à maior parte dos fãs se terminasse com um desfecho imprevisto e emocionante que nos fizesse repensar a nossa existência no planeta e os rumos da ficção.
Mas o que nos resta é um roteiro de Damon Lindelof e Carlton Cuse.
Entendo que, para a dupla, deve ter sido uma jornada ainda mais complicada que a nossa. Imagine isso, conviver com todos esses personagens, definir os destinos de cada um deles. E pensar em malabarismos formais para espantar o nosso tédio e alimentar a nossa fome de fantasia. Deve ter sido dose. E mais: escrever um episódio-evento, um arranha-céu para a noite de domingo, atração imperdível para todas as idades e crenças. Quase uma mini-final de superbowl. Imagino que até eu, na pele deles, sentiria a obrigação de simplificar um pouquinho as coisas.
O episódio final de Lost, talvez aprisionado nesse jogo de pressões, soa tão singelo e descomplicado quanto o episódio-piloto. Perto dele, a quinta temporada fica parecendo um supletivo de física quântica. Há duas linhas narrativas: uma delas, sobre a luta do bem (Jack) contra o mal (Locke) na ilha da fantasia; a outra, sobre antigos amigos que se reencontram numa realidade movediça, onde os desejos aparentemente se realizam. Para o “leigo”, soa como uma ficção científica sentimental com a assinatura do protagonista de Dawson’s creek.
Já para os “fiéis”, trata-se de uma big despedida. A realidade “alternativa” mostra-se uma desculpa para uma reunião de elenco. A cada trombada dos personagens, flashbacks velozes pipocam na tela e nos fazem lembrar de todo o tempo que gastamos com a série. Caiu uma lágrima, arrancada pela útima tecnologia em chantagem sentimental.
Na ilha, a arquitetura do roteiro revela-se ainda mais grosseira. Um hipopótamo. Personagens correm para salvar o mundo, matam uns aos outros, provocam terromotos e tempestades, mergulham numa caverna dourada, manipulam uma rolha gigante (!) e resumem todos os dramas da série a uma perseguição de Tom vs. Jerry. O mocinho mata o vilão, beija a mocinha e se sacrifica por uma causa que ninguém sabe dizer se é nobre ou não. Whatever. Está claro que os roteiristas querem encerrar logo a epopéia e ir ao que interessa: a realidade paralela, onde tudo termina bem.
O que me incomoda (e aí aparecem os fios da narrativa e a picaretagem do empreendimento) é que esse tempo paralelo que tanto interessa aos roteiristas é uma criação da sexta temporada. Um truque de última hora inventado para nos surpreeender. Me pergunto se Damon e Carlton não poderiam ter encontrado uma surpresa aterradora sem abandonar o Grande Esquema das Coisas – isto é: dentro da ilha.
Mas, novamente, saquei a estratégia. Os roteiristas tentaram usar uma das teorias mais difundidas entre os fãs (a de que todos os personagens estavam mortos) de uma forma que os enganassem (já que não é a ilha o purgatório, mas a “realidade alternativa”). Uma tentativa interessante. Mais curioso ainda é como, neste finale, os roteiristas invertem nossas expectativas: a ilha é o mundo real, enquanto que Los Angeles vira a cidade dos sonhos.
Fico muito satisfeito quando penso que os roteiristas realmente refletiram sobre tudo isso. Mas duvido muito que isso tenha acontecido, já que o episódio todo é desenvolvido com as fórmulas mais apelativas de dramalhões religiosos. Quando descobrimos que os personagens estão à caminho do céu – eles se reencontraram e, por isso, têm direito à liberação -, é inevitável pensar que a grande lição da série é algo como “a vida é uma aventura, mas o melhor está por vir.”
O que, para mim, é uma filosofia abominável. Eu é que não vou ficar esperando pelo dia em que a porta da minha igrejinha particular vai abrir. Não. Mas, ainda que eu tenha me decepcionado com a série também por conta disso (sério, Damon e Carlton, leiam qualquer textinho do Carl Sagan e entendam que a vida às vezes não faz sentido e é bonita mesmo assim!), não é, repito, o que mais me frustrou no desfecho. É que parece ter faltado aquele elemento misterioso que separa os livros inesquecíveis das bobagens de autoajuda, aquele toque sobrenatural que nos enche de entusiasmo, nem que por alguns minutos. Que renova a nossa fé na literatura.
Quando leio um bom livro ou vejo um bom filme, quero viver mais.
Com este episódio de Lost, meu único desejo: esmagar o televisor. Fulo e bronco feito um hooligan. Meus ídolos! Lembrei da minha professora: tudo é possível. E da outra: escreva desfechos com beleza. Depois, mais calmo, tentei me convencer de que o errado sou eu. Esta é a conclusão que soa bela para quem a escreveu. Eu é que não deveria ficar sonhando os sonhos dos outros.
End credits. Hora de acordar.
Esta publicação foi postada em TV e marcada Afeto pop, Últimos capítulos, Últimos parágrafos, Bandas de rock, Bobagens, Carlton Cuse, Damon Lindelof, Delírios, Desfechos, Diarinho, Frustração, Graça e inteligência, Happy endings, Lembranças, Livros e filmes, Lost, Malabarismos de narrativa, Namorada, O grande plano, Partir o coração, Séries de tevê, Season finale, Surpresas, Todos estão mortos, Tudo isto me parece um sonho, Vida após a morte.
maio 25, 2010 às 1:40 am
Pare de ver Fringe.
maio 25, 2010 às 1:45 am
Juro que não vou me apegar a Fringe, Diego.
maio 25, 2010 às 1:54 am
Belo texto (meio prolixo).
Não assisti a série, então não posso (e nem quero) comentar a parte técnica. E, de fato, acredito que todo esse amor pela série é em parte devido a longa duração. Alguns eram crianças quando começaram a assistir ela. Portanto, aposto que metade das resenhas sobre o final serão feitas muito mais com o coração, do que com a cabeça.
Então, parabéns por ter usado a cabeça nessa hora, mas não esquecendo o coração.
maio 25, 2010 às 1:57 am
É um texto pro lixo, eu diria. Haha.
Mas foram seis anos, coisa pra burro, então taí. 31 parágrafos com todo amor e carinho.
Sim, resenhas com o coração e a cabeça! Apoiado.
maio 25, 2010 às 3:02 am
“Dê três temporadas, apenas três temporadas, e elas grudarão na nossa parede feito fotografia de infância.”
Tem série que não fechou nem a primeira e tem esse nível de paixão.
E o que irrita mais é que dentro do que estava sendo apresentado ultimamente, não dava pra dizer que não sairia algo assim. Desde 2007 eles sabem quantos episódios eles teriam pra terminar tudo…
maio 25, 2010 às 5:58 am
Cara, não sei se concordo contigo, mas te entendo, ô se entendo.
Gostei do texto (aliás, em geral gosto dos teus textos, volta e meia dou uma passada discreta e silenciosa por aqui), apesar de ter visto algumas coisas de um jeito bem diferente do seu. Mas os caras sabiam que iam gerar tsunamis de ódio, tenho certeza. Também sei lá se era tudo planejado (a cena final com certeza era), mas também não importa muito.
Vejo Lost há um pouco menos de tempo (precisamente quatro anos), mas a série tem comigo umas ressonâncias parecidas com as que tem com você. E um pouco além, porque, mesmo que muitas delas tenham mais a ver comigo do que com a série em si, tem uma cacetada de cenas que eu acho empolgantes demais, mesmo.
E, por isso, admito: minha análise é menos pela cabeça e mais com o coração.
Primeiro: sabia que isso – “Estava escrito: Lost só agradaria à maior parte dos fãs se terminasse com um desfecho imprevisto e emocionante que nos fizesse repensar a nossa existência no planeta e os rumos da ficção” – não ia acontecer. E tentei aceitar. Porque, por mais que algumas reviravoltas tenham sido absurdamente fantásticas (“We have to go back!”), eu gostava bastante também dos desvios, e não me importava tanto com as resoluções dos mistérios (ainda que eu tenha ficado MUITO PUTO que não tenham mais mencionado o Walt).
[e talvez por se preocupar exclusivamente em mover o plot adiante – foco na mitologia – que a quarta e a quinta temporadas tenham sido tão mais fracas, no meu entender. – mesmo que tenham tido alguns episódios interessantes, e a obra-prima The Constant]
Segundo: não vsei se enxergo o conflito entre Jack e Locke exatamente como uma luta entre Bem e Mal. Acho que tem mais a ver com a discussão do começo de The Incident – o men in black acha que os homem são profundamente corruptíveis e só irão se destruir, enquanto o Jacob acha que há algo de fundamentalmente bom nos homens… ok, é quase a mesma coisa, mas não é igual. Me parece um pouco mais interessante e um tanto mais complexo, ainda que não seja necessariamente menos corny.
Terceiro: acho que vi o Chico Fireman falar isso, mas todo esse enredo truncado e desajeitado de explosões, rolhas, luz mágica, pedras rolando que parecem aqueles pedregulhos de isopor do Chapolin – no meio disso tudo, não sei, eu vejo alguma beleza. E foi divertido pacas, também; engraçado, empolgante, e todas as riminhas visuais e de roteiro (see ya in another life, brotha, ou a câmera descendo o buraco enquadrando Locke e Jack) são bem óbvias, mas legais do mesmo jeito.
Quarto: “a vida é uma aventura, mas o melhor está por vir.” Ok, isso eu não concordo mesmo. Não vejo isso de MANEIRA ALGUMA nesse finale. Aliás, me parece bem o contrário. O melhor foi o que passou, o mais importante. Uma meta-linguagem (MUITO preguiçosa por desconsiderar alguns mistérios que certamente poderiam ter uma resolução interessante, é verdade) que eu achei razoavelmente digna. Pelo menos eles reconhecem o que a série teve de valor. E acho que eu prefiro isso a um final pretensamente revelador que nos fizesse repensar tudo o que foi visto, e voltar por todos os episódios procurando os detalhes. Não vou rever a série pra ver se faz sentido o Men In Black e sua mãe serem o Adão e Eva, quero rever porque Through The Looking Glass é emocionante e empolgante demais, porque qualquer cena com o Terry O’Quinn e o Michael Emerson chutam bundas, porque Exposé é hilário, porque tem momentos que até hoje me dão calafrios.
Sei lá, essa idéia de que “it’s about the journey” é, de fato, uma mensagem tão pretensamente bonitinha e meio brega, de certa forma, quanto esse negócio que você falou de que “a vida é uma aventura, mas o melhor está por vir.” Mas não é nem de longe tão abominável; ao contrário, acho que é um jeito legal de encarar as coisas.
Enfim.
Desculpe o comentário grande demais. Lost desperta essas reações apaixonadas que nem sempre são saudáveis, nem legais de ler. Mas teu texto me inspirou a falar alguma coisa.
Enfim, entre esse abrir e fechar de olhos do Jack, teve muita coisa boa. Acho que isso é o que vale.
maio 25, 2010 às 10:10 am
Pois é, Cavalca, essas séries grudam mesmo. Quando penso na minha adolescência, por exemplo, é inevitável lembrar de Arquivo X e E.R. Eu quase fiz medicina por causa de E.R. (ainda bem que desisti!). A paixão que essas séries provocam é meio doentia mesmo, haha.
maio 25, 2010 às 10:23 am
Gabriel, melhor comentário de todos os tempos! Muito obrigado, cara!
Tentando responder ponto a ponto:
1. A reviravolta “We have to go back!” (fim da terceira temporada) é uma das coisas mais brilhantes, talvez A MAIS brilhante que vi na tevê. Daí que concordo com você: não dá pra desprezar a série inteira só por causa de um desfecho babaca.
2. Não sei MESMO se essa conclusão estava planejada desde o início da série. Fiquei com a impressão de que planejaram a sexta temporada para chegar a esse desfecho. Os roteiristas dizem que estava tudo pronto, mas não sei se acredito neles.
3. Eu concordo com o Chico quando ele diz que a série não precisa se explicar. Não cobro nada disso. Nunca fui daqueles fãs que ficam pentelhando os roteiristas (o único mistério que achei subestimado foi o dos números – passei a segunda temporada inteira tentando entender o negócio). Mas senti falta de um desfecho mais inteligente, mais forte e empolgante. Enfim.
4. Sobre a conclusão do episódio, mantenho minha birra: o paraíso é beeem bacana. As pessoas estão todas juntas, tudo dá certo, o clima de amizade é contagiante, você encontrou aqueles que fizeram a sua vida ganhar sentido, happy endings para todos. É mais ou menos como o filme “Um olhar do paraíso”: você foi estuprada e assassinada, que azar!, mas o que vem depois vai ser muito legal. É um final que não desce, não mesmo, e sei que nesse caso o problema é só meu. Minha avó, que vai à igreja todos os dias, adoraria.
O meu textão era só pra comparar séries de tevê com bandas de rock e tentar refletir um pouco sobre a nossa relação meio maluca, apaixonada, com esses programas às vezes tão tolos. É por aí. Eu ainda gosto da série, há episódios extraordinários etc. Mas eu queria muito ser lançado num flashsideways onde eu pudesse assistir a um finalzinho mais digno.
maio 28, 2010 às 2:22 am
Amei o comentário! Vc escreve muito bem!
E concordo com tudo que vc disse, me emocionei sim e seria impossível depois de 6 anos n se emocionar c o Jack descobrindo que morreu depois de tanta coisa! Teve seu valor sim, mas foi uma fuga covarde tb!
Acho que tentar criar mais polêmica c o monstro da fumaça foi um tiro no pé, mas enfim acabou e os caras tao trilionários!
Moving on…
maio 28, 2010 às 10:51 pm
Valeu, Cristiane, obrigado!
maio 30, 2010 às 2:28 pm
[…] Tiago publicou este texto em seu blog. « O fim de Lost por Marcio Padrão | » Por Alexandre Matias às 5:00 | | […]
junho 12, 2010 às 2:16 pm
Cara, estarrecido com seu texto! Você conseguiu falar tudo que eu senti com o final de Lost… se bem que ha um tempo ja estava me sentindo enganado pelos dois roteiristas e estava assisitindo por honra, acho que por isso nao estava esperando muita coisa do final. Mas, poxa, é subestimar demais as pessoas com o que eles fizeram. Tanta, tanta, tanta criatividade para criar enigmas sem nenhuma para finalizá-los? Podiam ter tido mais piedade da gente e menos preguiça e terem feit algo mais Carl Sagan, né? Anyway, seu texto é excelente. O blog é excelente! Voltarei sempre. Thkx!
junho 15, 2010 às 1:17 am
Adorei seu texto! Parabéns!!!
Poucos conseguiram falar com o coração e com objetividade sobre o fim de Lost!
Adorei principalmente a frase: “Para o “leigo”, soa como uma ficção científica sentimental com a assinatura do protagonista de Dawson’s creek.”
Besos
Sapha
junho 15, 2010 às 10:31 pm
Valeu, Sapha! Brigadão.
fevereiro 4, 2015 às 7:47 pm
Esse texto me confortou um pouco, bom saber que não fui a única a ficar de coração partido.
Obrigada.
Obs: Sim, eu sei que esse post é de quase cinco anos atrás, mas acabo de terminar de ver a série e esse foi o melhor texto que encontrei a respeito desse imerecido final.