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No Twitter | 14-31 de julho

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Uma compilação dos comentários-relâmpago sobre séries e filmes que postei no Twitter recentemente. Em alguns casos, com adjetivos e interjeições que não couberam nos 140 caracteres. Nesta edição, novamente, só filmes (que não ando com paciência pra séries). Com faixas-bônus, como sempre.

Salt | Phillip Noyce | 3/5 | Um bom filme de ação cuja maior esperteza é brincar com a persona mutante da Angelina Jolie. Não imagino outra atriz nesse papel. Mas pena que não chamaram Brian de Palma para ciceronear a moça.

!!! Kinatay | Brillante Mendoza | 4/5 | Uma câmera destemida, que não se esconde de nada, mas nunca inconsequente: a todo momento, Mendoza questiona as escolhas do personagem principal (um rapaz “inocente” que se torna cúmplice de um assassinato) e divide com o espectador a sensação de mal-estar provocada por atos de violência. Uma viagem ao inferno da alma, acima de tudo.

!!! Pom Poko (1994) | Isao Takahata | 4/5 | Um dos animes mais populares no Japão é também um dos melhores que vi. E um dos mais delirantes. A ideia é de Hayao Miyazaki, e contém lições ecológicas tão bem sacadas quanto as de A Princesa Mononoke. Depois dessa (e de O túmulo dos vagalumes), me associo de vez ao fã-clube do Takahata.  

!!! 5 centimeters per second | Makoto Shinkai | 4/5 | Dizem que Shinkai é o novo Miyazaki, mas me parece um cineasta “à flor da pele”, herdeiro de Kar-wai (até na sensação de torpor provocada pelas imagens, que são deslumbrantes). Ao mesmo tempo, um discurso muito franco e emotivo sobre os amores de adolescência – você pode ter se esquecido disso, mas eles eram intensos assim.

O bem amado | Guel Arraes | 2/5 | Não li a peça nem vi a novela, mas o filme me pareceu uma longa série de tevê condensada num “especial” de duas horas – formatado por um editor com aversão ao silêncio e adoração por diálogos rápidos e espertinhos.

No Twitter | 1-9 de junho

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Uma compilação dos comentários-relâmpago sobre séries e filmes que postei no Twitter durante a semana. Em alguns casos, com adjetivos e interjeições que não couberam nos 140 caracteres.

Hadewijch | Bruno Dumont | 3.5/5 |  O lado político é dispensável (o filme me parece rasteiro quando toca nesse nervo), mas o sofrimento da protagonista soa verdadeiro. Tem os personagens mais humanos do cinema de Dumont, e parte do crédito é da interpretação de Julie Sokolowski (em particular) e das improvisações com o elenco.

Férias de verão com Coo | Kappa no ku to natsu yasumi | Keiichi Hara | 4/5 | Anime impressionante. Em 2h20, tem ideias para umas cinco superproduções da Pixar. E emociona. E é quase tão surreal quanto Alice no país das maravilhas.

Oceanos | Jacques Perrin e Jacques Cluzaud | 3/5 | Um panfleto ecológico para crianças com algumas cenas subaquáticas deslumbrantes. A projeção digital não ajudou.

Esquadrão Classe A | The A-Team | Joe Carnahan | 3/5 | Uma versão fast-forward da série, com mais ou menos 500 cenas de ação e uma trama pífia (mas o seriado tinha isso? Tramas?). Eu não fiquei entediado. Um filme sobre planos absurdos que dão certo e, é claro, sobre objetos que explodem.

O refúgio | Le refuge | François Ozon | 2/5 | Talvez com lentes Varilux eu enxergaria algo tocante no filme. Ozon, volte aos melodramas ultra-artificiais e aos superbebês, ok? Comentário que no fim da sessão: ‘é um filme tão bonito!’ Beleza calculada, na minha opinião.

O dia da saia | La journée de la jupe | Jean-Paul Lilienfeld | 2/5 | É Entre os muros da escola vs Um dia de fúria. Uma aulinha de como forçar a barra da ficção em prol do ‘social’.

Sex and the City 2 | Michael Patrick King | 1/5 | Faz qualquer um desistir de casamento, de ter filhos, de Nova York e das férias. O espetáculo mais vazio do ano, e dura 2h20.

Glee | s01e22: Journey | 4/5 | Desfecho exemplar. Ótimo mesmo. Golpe baixo atrás de golpe baixo, mas não consegui desviar de nenhum deles.

Glee | s01e21: Funk | 3.5/5 | Está para o episódio anterior assim como Beck está para Lady Gaga. Isto é: muito, muito melhor.