top 100 | Os filmes da minha vida (18)
Amigos, esta é uma semana especialmente movimentada, com incríveis novidades na vida deste blogueiro. Espero, por isso, que vocês relevem o chuvisco de posts, que não estão caindo neste website com a regularidade prometida.
Lamento. Mas, para desempenar a barra de rolagem, cá está um novo episódio de uma saga com filmes que, por motivos quase insondáveis, foram importantes para a minha vida.
No capítulo de hoje, dois longas não muito antigos.
066 | Amantes Constantes | Les Amants Réguliers | Philippe Garrel | 2005
Um amigo meu viu o filme acompanhado da ex-namorada, que queria reatar a relação. Ela não aguentou e rapidamente saiu da sala de projeção, mas ele preferiu continuar com o filme e o namoro acabou definitivamente ali. Possivelmente essa também teria sido minha opção diante de imagens que produzem efeito hipnótico em quem se deixa embriagar por elas. Não sei se esse amigo gostou do filme (talvez não), mas é o de menos: ainda que trate de episódios históricos importantes por um viés que vira pelo avesso um punhado de discursos oficiais – é um réquiem endereçado à geração de 68 -, o que me assombrou antes de tudo foi o choque provocado por essas cenas em P&B puído, rugoso, acho até que bruto, expressivas o suficiente para enxotar do cinema certos espectadores e, em outros, inspirar fascínio eterno.
065 | Magnólia | Paul Thomas Anderson | 1999
Nem foi amor fulminante: na primeira sessão, lembro que as firulas do filme mais me incomodaram que entusiasmaram. O que ficou dele – e, mais tarde, acabou me levando de volta a ele – foram as canções de Aimee Mann. Cada vez que eu as ouvia, uma imagem do longa voltava à minha memória, de forma que as imagens de Paul Thomas Anderson rodaram centenas, milhares de vezes na minha cabeça, atuando como o refrão de uma música pop muito eficiente. Depois me rendi e revi o filme, que hoje me parece belo por causa da intensidade até inconsequente (vide Presságio, para mais informações sobre o tema) como se lança às próprias obsessões. Como numa boa faixa de Mann, as fragilidades de melodia/arranjos são compensadas pela emotividade de uma voz vigorosa, a que não falta verdade.
março 3, 2012 às 12:27 am
Muito bonito o final com a “Save me”.
março 3, 2012 às 4:33 am
Tô esperando algum chato vir aqui e falar que um filme é muito melhor do que o outro, haha.
E os dois tem cenas musicais que foram bem marcantes pra mim, a de Amantes Constantes principalmente.
março 3, 2012 às 5:17 pm
Até eu acho um dos filmes muito melhor que o outro, mas o propósito deste ranking não é este, haha.
março 4, 2012 às 7:31 pm
claro que sim, Magnolia é bem melhor, melhor filme do mundo, inclusive haha
março 3, 2012 às 3:22 pm
seu amigo gostou do filme
março 3, 2012 às 5:17 pm
Hahaha. Opa. Legal saber disso.
março 4, 2012 às 3:57 am
Algum filósofo pra explicar a chuva de sapos.
março 4, 2012 às 7:33 pm
“coisas estranhas acontecem”?, vc já foi na Bíblia? Livro Êxodo, Capítulo 8 e Versículo 2?
março 4, 2012 às 7:37 pm
Michel, nosso filósofo, haha.
março 4, 2012 às 7:51 pm
haha, nem pensar, não ouso, apenas comments sugestivos!