Dia: setembro 22, 2011
Mixtape! | Setembro, teen spirit
A incrível, contagiante (e um tantinho neurótica) mixtape de setembro chegou cedo (surpresa!) para iluminar setembro.
“Por que a pressa?”, vocês me perguntam, intrigados. É que, na próxima semana, o Tiaguinho aqui não terá tempo para nada: não vai ouvir música, blogar bobagens, bolar mixtapes, muito menos respirar. Estarei no Festival de Brasília: trampo day&night, portanto (vou tentar postar alguns textinhos sobre os filmes da competição, mas não garanto nada).
Mas isso aí é assunto pra outra hora.
Cá está ela, então. Prematura porém bonitona, cheia de charme, com um desejo enorme de te emocionar. Irresistível. Sério. Eu já ouvi tanto que decorei e aprendi as cifras de todas as músicas (!).
Em resposta à mixtape de agosto, que veio sequelada por uns tons de cinza-deprê, esta aqui irrompe iluminando a paisagem. É uma coletânea para os dias muito amarelados da estiagem brasiliense. E uma coletânea que, além de sugerir alguma coisa de juvenil (daí o título), está povoada de moças e rapazes eufóricos/confusos.
Aqui você encontra (nesta ordem) Neon Indian, The-Dream, CSS, St. Vincent (que está na foto lá no topo do post), Laura Marling, Cymbals Eat Guitars, Wild Flag, Wilco e Male Bonding. O lance é dinâmico, e flui que é uma beleza (a lista de músicas está na caixa de comentários).
Minha sugestão: faça o download (desta vez, todas as canções se encaixam direitinho). Mas você também pode ouvir a coletânea aqui no site, clicando na jukebox que se encontra no fundo deste post.
Seria bacana se, além de ouvir, você escrevesse um comentário avaliando a seleção musical deste mês. Mas não vou cobrar nada. Eu não tenho tempo, você não tem tempo e isto aqui, no mais, é só um blog. Relaxe.
E faça o download da mixtape de setembro.
Ou ouça aqui:
Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.
[chuck palahniuk]
“Nos anos 1960 e 1970, os programas de culinária na televisão estimulavam uma categoria crescente de gente a gastar seu tempo vago e dinheiro com comida e vinhos. De comer, eles passaram a cozinhar. Guiados por especialistas em como fazer, como Julia Child e Graham Kerr, explodimos o mercado dos fogões Viking e das panelas de cobre. Na década de 1980, com a liberdade dos vídeos e CD players, o entretenimento passou a ser nossa nova obsessão.
Os filmes se tornaram um território em que as pessoas podiam se encontrar e debater, como fizeram sobre suflês e vinho na década anterior. Como havia feito Julia Child, Gene Siskel e Roger Ebert apareciam na televisão e nos ensinavam a ser óbvios. O entretenimento passou a ser o próximo ponto para investir nosso tempo e dinheiro.
Em vez do buquê, da safra e da lágrima do vinho, falávamos sobre o uso mais eficiente da voz em off, de uma história de fundo e do desenvolvimento do personagem.
Nos anos 1990, nos viramos para os livros. E, no lugar de Roger Ebert, entrou Oprah Winfrey.
Mesmo assim, a real e grande diferença era que podíamos cozinhar em casa. Não podíamos fazer um filme, não em casa. Mas podíamos escrever um livro. Ou um roteiro de cinema. E esses se transformam em filmes.”
Trecho do ensaio Você está aqui, de Chuck Palahniuk, no livro Mais estranho que a ficção.