2 ou 3 parágrafos | Amor a distância
Amor a distância (1.5/5) é uma comédia romântica sobre uma jornalista estabanada (Drew Barrymore) e um olheiro de músicos independentes (Justin Long) que foram feitos um para o outro: eles curtem fliperama, são enciclopédias ambulantes de cultura pop (mas enciclopédias muito descoladas), têm amigos insuportáveis, adoram os anos 80 e… E é basicamente isso. O que interessa, no caso, é que eles se apaixonem e decidem, quatro semanas depois do primeiro encontro, enfrentar um namoro a distância. “Vamos ficar juntos?” “Vamos!” “Quero te encontrar” “Eba!” Etc. Ele mora em Nova York. Ela mora na Califórnia. E leva um tempão para ir de um lugar a outro.
Eu, que sou phD nesse tipo de sandice amorosa, entendo o drama dos personagens. Talvez entenda mais do que o próprio roteirista do filme, que trata o impasse como motivo para criar complicações e gracinhas muito típicas de comédias românticas. Exemplo: o rapaz quer transar, a namorada quer transar, as passagens aéreas custam caro, eles resolvem transar por telefone e o arranjo termina numa imensa trapalhada. Ha-ha. Outro exemplo: o rapaz vai encontrar a namorada, eles se atracam na maior euforia, eles transam na mesa da sala, a luz acende e tem um sujeito gordo fazendo uma refeição na mesa. Ha-ha. E é por aí.
Eu vou escrever um filme sobre amor a distância. Estou começando. Estou começando hoje. Não sei como será, mas estou certo de que farei um filme muito diferente desse aí. Um filme muito mais aflitivo. Com mais cenas silenciosas. Com ligações telefônicas silenciosas (vocês imaginam o horror que há nisso?). Com incertezas, frustrações e voos que atrasam e aeroportos frios e chuva e a sensação de que nada vai se acertar. Com fins de semana ruins. E um desfecho menos conveniente, talvez mais triste, possivelmente mais realista, um tantinho otimista. Mas diferente desse aí. É que, pra começo de conversa, namorar a distância é fita de terror. É thriller. É suspense psicológico. É qualquer coisa, menos comédia.
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setembro 9, 2010 às 2:19 am
Tô contigo e não abro, Tiago! A distância fode tudo, não tem jeito. Estarei na pré-estreia do seu filme. E se precisar de relatos para o roteiro, me procure.
=)
setembro 9, 2010 às 2:26 am
Vai estrear no Festival de Brasília de 2666.
setembro 11, 2010 às 4:04 pm
assim como o Iuri
setembro 13, 2010 às 12:12 am
É issaí, Tiago! Eu não sei se queria estar no seu lugar, mas já é alguma coisa. No mais, o filme é mesmo fraquinho, fraquinho. E muitas vezes constrangedor, no que de pior há nisso num filme.
setembro 13, 2010 às 12:41 pm
Não queira estar no meu lugar.
setembro 14, 2010 às 1:34 pm
Acho que não tinha como descrever melhor o namoro à distância do que como você fez nessa último parágrafo.
setembro 14, 2010 às 2:00 pm
Um dia vou escrever um texto menos apressado sobre o tema. Esse aí é só um desabafo mesmo.
setembro 19, 2010 às 2:36 pm
Assino embaixo. Namoro a distância está longe de ser comédia. Essa perspectiva só me afastou mais ainda de ir conferir o filme. Mas ainda assim devo ver…
setembro 19, 2010 às 7:28 pm
Não veja. É perda de tempo.
setembro 29, 2010 às 6:35 pm
achei o filme um saco. piadas forçadas, palavrões desnecessários e tudo muito IEEEE UHUUUU, até quando as coisas dão errado.
não recomendo.
dezembro 31, 2010 às 6:26 pm
If it is all too weird for you, and you’d rather make paper mache, or collect stamps or some thing, then by all means- go ahead. So the question is, are they secure? Reborners have even taken this craft to a entire new level using the birth of custom reborn babies, that are basically babies created using the exact specifications of a buyer. Other folks who can not relate to the idea of parenting merely get these babies for their collection. Talented Sculptors perfected baby attributes adding in unique facial expressions, some with closed eyes, some with open, all with the possible to be totally transformed inside the hands of a talented reborner. She’ll be overjoyed to have it and treasure it for the rest of her life. Is it for me?
julho 4, 2011 às 6:32 pm
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