50 discos para uma década (parte final)
Em Brasília, são 22h. Vamos terminar esta novela?
Primeiro, devo lembrar (até para os que chegarem depois) de mais uma fornada de discos que ficaram de fora da lista. Infelizmente, não tem lugar para todo mundo entre os meus 50 favoritos da década. Mas vejam a situação com otimismo: se muita coisa boa foi limada da lista, isso significa que vivemos uma década (musicalmente, pelo menos) muito inspirada e devemos ficar felizes com isso. Certo?
E, também para a posteridade: os vencedores foram anunciados ao vivo, com o apoio de uma conexão precária e ao som do greatest hits do Blur.
São eles (em ordem alfabética): Boy in da corner, Dizzee Rascal, For Emma, forever ago, Bon Iver, From a basement on the hill, Elliott Smith (hors-concours), The Futureheads, The Futureheads, Good news for people who love bad news, Modest Mouse, Heartbreaker, Ryan Adams, The hour of bewilderbeast, Badly Drawn Boy, In search of…, N.E.R.D., Jim, Jamie Lidell, Microcastle, Deerhunter, Myths of the near future, Klaxons, Parachutes, Coldplay, The runners four, Deerhoof, Since I left you, The Avalanches (heresia ter ficado de fora!), The Carter III, Lil Wayne, Vampire Weekend, Vampire Weekend, XTRMNTR, Primal Scream.
E prometo não demorar muito entre um post e outro (sabe como é: tem muito texto, isto deu um trabalhão e eu gostaria de verdade que vocês lessem pelo menos a primeira frase de cada um dos comentários, por favor).
10. Smile – Brian Wilson (2004)
A história ainda parece inacreditável: quase 40 anos depois, Brian Wilson finalmente concluiu uma das grandes obras fantasmagóricas da música pop. Só por isso – esse esforço obsessivo, heroico – Smile já seria um monumento. Mas não fica nisso. Os fãs dos Beach Boys já conheciam as músicas que estão no disco, mas não faziam ideia de um detalhe fundamental: juntas, as peças do quebra-cabeças finalmente se encaixam numa sinfonia pop que, além de soar deslumbrante do início ao fim, esclarece as ambições do projeto e (ainda que tardiamente) leva adiante as loucuras de Pet sounds. Curiosamente, em tempo de Flaming Lips, Animal Collective e Fiery Furnaces, as experiências de Wilson soaram novas. De novo.
9. Discovery – Daft Punk (2001)
“O disco tem muito a ver com a nossa infância e com as memórias que temos daquela época. É sobre nossa relação pessoal com aquele período. É menos um tributo a uma era musical (de 1975 a 1985) e mais a forma que encontramos de focalizar o tempo em que tínhamos menos de 10 anos de idade. Quando você é criança, você não julga ou analisa música. Você gosta porque gosta. Você não quer saber se é cool ou não é. Este disco encara a música de uma forma brincalhona, divertida e colorida. É sobre a ideia de olhar para algo com a mente aberta, sem fazer muitas perguntas. É sobre a relação verdadeira, simples e profunda que temos com a música”, Thomas Bangalter (e só tenho duas coisas a acrescentar: é o grande momento do Daft Punk e um modelo para quase tudo o que foi feito em electropop na década).
8. Merriweather Post Pavilion – Animal Collective (2009)
Uma lista séria sobre a década deve conter pelo menos dois álbuns do Animal Collective, uma banda que gravou o primeiro disco exatamente em 2000 e chegou madura a 2009. Além de Merriweather Post Pavilion, que é a obra-prima deles, eu escolheria Feels, o auge da psicodelia folk que eles experimentavam desde o início da carreira (e que deu no também genial Sung tongs). Em Strawberry jam, outra cria excelente, a sonoridade pesou num tom áspero, mecânico e quase sempre perturbador. Difícil escolher um só. Mas Merriweather, dois passos a frente dos outros, consegue sintetizar tudo o que eles fizeram e apontar para o futuro. Um disco que brinca com uma eletrônica feérica, eufórica, e explora o lado mais emotivo dos versos, que, mesmo quando voltam-se às memórias de infância, não deixam de enfrentar as incertezas do mundo. Uma banda em progresso, crescida, segura de si mesma – e ainda sim, ainda estamos assustados.
7. Funeral – Arcade Fire (2004)
Visto de longe, o primeiro disco do Arcade Fire não parece muito complicado: conhecemos muitos álbuns sobre a morte. Além do mais, os canadenses não foram os primeiros a fazer indie com escopo e vocação para estádios. Ainda assim, Funeral ainda soa como um disco peculiar, inimitável (e não foram poucos os que tentaram imitá-lo). Poucas obras confessionais têm um conceito tão bem definido – e todas as cinco primeiras faixas soam como a trilha de um filme – e um desejo tão intenso de criar melodias inesquecíveis, perfeitas (e aí vale citar Pixies, U2, pop francês, space rock americano e o diabo a quatro). Uma marcha fúnebre que celebra a vida – eis a bela contradição deste belo disco, uma surpresa que a banda não conseguiu superar (no segundo eles seguiriam um caminho mais dark e épico).
6. Yankee hotel foxtrot – Wilco (2002)
Até o fim dos anos 1990, o Wilco era uma banda de country rock insatisfeita com a camisa-de-força do gênero. Em Summerteeth, eles brincaram com a psicodelia sessentista, mas o resultado ainda soava polido, como se faltasse coragem para dar o grande salto. Ele viria com Yankee hotel foxtrot, um disco de certa forma maldito, já que rejeitado pela gravadora (dizem até que os executivos ouviram e acharam uma porcaria), e que mostra uma banda em transe. Foi lançado só depois de ter virado objeto de culto na internet, e ainda soa como uma espécie de milagre. Cada vez mais interessado no art rock dos anos 1970 (um estilo, nos discos seguintes, seria lentamente diluído em soft rock), Jeff Tweedy aproveitou-se da produção de Jim O’Rourke para criar uma obra instável, tortuosa, imprevisível e desiludida – um instantâneo da América do início do século. Ainda parece frustrante que a banda tenha optado por, depois disso, seguir um caminho confortável (ainda que o seguinte, A ghost is born, seja todo espinhoso e também belíssimo). Houve um momento, no entanto, em que eles encontraram a sintonia perfeita com o tempo em que vivem.
5. The grey album – Danger Mouse (2004)
Por que não? Essa perguntinha meio banal deve ter motivado o DJ Brian Burton (Danger Mouse) a cometer a heresia mais brilhante da década: arrombar o cofre dos Beatles, pilhar o tesouro mais sagrado da música pop e combinar os clássicos do Álbum Branco com os hits do Black album, recém-lançado por Jay-Z. Dois discos separados por algumas décadas, mas que, um menos explicitamente que o outro, sugerem uma mesma atmosfera de despedida. A mutação genética não é perfeita (e há faixas truncadas, tortas), mas tem um valor histórico que ainda não conseguimos medir. O disco que esfregou a era da internet na fuça das gravadoras? Um ato de vandalismo artístico? Uma amostra de que nada mais é sagrado? Sinal dos tempos (e apenas isso)? Quem não se importa com esse tipo de análise ainda leva de brinde algumas das canções mais divertidas de todos os tempos. É aquela coisa: proibido é mais gostoso, né não?
4. White blood cells – The White Stripes (2001)
O White Stripes é a melhor gag da década: um homem e uma mulher que se vestem de vermelho e branco e soam como se uma banda de garage rock tivesse resolvido fazer versões toscas para o repertório do Led Zeppelin. A fórmula de Jack e Meg White ilustrou perfeitamente uma época que elegeu o minimalismo ruidoso como sabor da estação e contraponto aos excessos do rock do final dos anos 1990 (de certa forma, essa foi a nossa interpretação para o punk dos 70 e o grunge dos 90). E, para nosso espanto, White blood cells trazia algo além de contenção e explosão: revelava uma banda de rock com tutano e ambição – e capaz de citar Cidadão Kane em meio a um esporro pós-punk (cinco pontos só por isso!). Os dois discos seguintes são tão bons e relevantes quanto, mas esta aqui é a cápsula que contém todos os segredos e manias do casal 2000. E nem preciso comentar Fell in love with a girl. Preciso?
3. Stankonia – Outkast (2000)
Olhe para a década: os grandes discos de hip hop lançados nos últimos 10 anos são os musicalmente irrequietos, que forçam os limites do gênero e saem furiosamente para a aventura. Jay-Z, Kanye West , à frente deles, o Outkast. Depois de ter implodido dentro de um maravilhoso e louco álbum duplo (Speakerboxxx/The love below), o duo acabou perdendo parte do poder de influência que tinha no início da década. Mas não custa lembrar: até 2003, eles ditaram quase todas as regras, até dominar o pop por completo (com o hit Hey ya!) e deixar a cena sorrateiramente.
Há quem prefira os primeiros álbuns, também alienígenas, mas Stankonia hoje soa como o auge criativo de Big Boi e André 3000 — numa comparação ridícula, é o Sgt. Pepper’s deles (e, naquela época, não conseguimos antever o Álbum Branco). E um período de colheita generosa, com 24 faixas, 74 minutos e clássicos absolutos como Mrs. Jackson e B.O.B. Já estavam claras as diferenças entre André (o soulman insano) e Big Boi (o mano apegado a boas tradições) — mas, ali, elas se uniam numa química imbatível. Um daqueles discos imensos que nos deixam muito pequenos.
2. Is this it – The Strokes (2001)
Lembro a primeira vez em que ouvi um single do Strokes (acho que The modern age): apaguei o arquivo de MP3 e fui procurar outro. A qualidade de som parecia terrível. Depois, envergonhado comigo mesmo, notei que o jogo era aquele: a atmosfera ruidosa das gravações (que pareciam saído de uma fita demo largada num estúdio abandonado de Nova York por volta de 1967) contava tanto, talvez mais, que as melodias e as letras. De qualquer forma, todos os elementos se complementavam. Sabemos tudo sobre o hype criado em torno deles — e provocado por uma imprensa inglesa que ainda era poderosa nesse ramo —, mas (ao contrário de queridinhos como The Vines e Kings of Leon) eles sobreviveram heroicamente a tudo.
Hoje, fica claro por que: Julian Casablancas honra a tradição dos grandes band leaders, sempre prontos a se rasgar de angústia diante do público (e o disco posterior, o ótimo Room on fire, aprofunda o tom desesperado e pessoal das composições) e Albert Hammond Jr entende tudo sobre o poder hipnótico de um riff palatável (o projeto solo do sujeito não nos deixa mentir). Uma banda simplesmente real. E oportunista, no bom sentido. Nenhum outro grupo soube aproveitar com tanta gana o revival do rock de garagem e do pós-punk: endividados tanto com o Velvet Underground quanto com o Ramones, eles restauraram Nova York como um fervilhante laboratório de rock. Taí, então: um dos poucos discos da década que merecem entrar numa lista não tão longa de grandes álbuns de todos os tempos.
1. Kid A – Radiohead (2000)
Não importa se você ouviu ou não ouviu Kid A (ou se você prefere Hail to the thief – ninguém é perfeito): nenhuma discussão sobre o rock do início do século se sustenta sem alguma referência a este disco. É grande assim. Produzido num período de transição para a indústria musical, foi um dos primeiros a se integrar intensamente à onda da troca de arquivos via internet (na lista de melhores discos de 2000, a revista Spin deu o primeiro lugar apropriadamente para o hard drive dos computadores dos leitores, e em segundo ficou Kid A) — e, para muitos fãs, o “último suspiro” da era do álbum. De qualquer uma das formas, é um triunfo do timing. O disco certo para um mundo errado.
Se Ok computer se deixa afinar por tradições do rock — o progressivo, o pós-punk, o goth rock dos anos 80 —, Kid A derruba os dogmas e barras de segurança em busca de uma sonoridade nova, radicalmente atual (e, com o excelente In rainbows, a banda novamente confrontou ideias dadas como intocáveis). Com o esforço de se reinventar, o Radiohead renasceu como um projeto de eletrônica e jazz-rock capaz de compor canções fragmentadas, tortas, que transportam para o processo de composição toda a confusão que Thom Yorke sempre imprimiu às letras de canções. Antes, ele comentava a paranoia urbana, a opressão tecnológica. Com Kid A, converteu todas essas angústias em pura música. Dos sintetizadores sufocantes de Everyting in its right place à metralhadora eletrônica de Idioteque, tudo é agonia. E o mundo (da música, pelo menos) acordaria perturbado desse pesadelo.
setembro 24, 2009 às 7:26 pm
Bon Iver de fora. Que pena…
setembro 24, 2009 às 7:28 pm
Ele entraria no top 60, Daniel.
setembro 24, 2009 às 9:46 pm
Tiago, eu leio teu blog faz um boooom tempo. E eu lembro que só fui ouvir Avalanches por tua causa. Pena eles não receberem um comentário só deles…
setembro 24, 2009 às 10:50 pm
Espero ver Radiohead, Wilco e Flaming Lips no top 10. Hehe.
setembro 25, 2009 às 12:51 am
Poxa, valeu pela leitura, Giovani. Dia desses arrumo um motivo e comento. Abraço!
Fred, não se pode agradar a TODOS os pedidos, hehe.
setembro 25, 2009 às 12:53 am
Pô, tinha certeza que ia ter From a basement on the hill no top 10 hehe
setembro 25, 2009 às 1:03 am
Este tá acima da competição, Ed.
setembro 25, 2009 às 1:05 am
Smile também estaria no meu. Começou bem.
setembro 25, 2009 às 1:09 am
E aí, Pilon, tudo tranquilo? hehe
setembro 25, 2009 às 1:20 am
“Sussa, brô!”
Do Daft Punk, prefiro o Homework, mas entre os dois que eles fizeram nessa década, fico com esse. E eles não passaram pela minha cabeça quando pensei em seu top. Surpresa.
E eu também ficaria com esse do Animal Collective, depois de jogar tudo para cima, esse foi o que eles conseguiram juntar melhor os cacos.
setembro 25, 2009 às 1:21 am
Pô, pensei que você iria escolher o Neon Bible para o Arcade Fire. #standupbrasileiro
setembro 25, 2009 às 1:23 am
Neon Bible é nota 7, haha.
setembro 25, 2009 às 1:44 am
Não estava lembrando do Daft Punk. Justíssimo.
Agora, Strokes e quem mais?
setembro 25, 2009 às 1:46 am
Ah, Tiago, você sabe que essa década só acaba no final de 2010, certo?
Abs
setembro 25, 2009 às 1:49 am
Abs, Diegão.
setembro 25, 2009 às 1:50 am
Se ela so acaba no final de 2010 então o 1o lugar é nulo?
setembro 25, 2009 às 1:52 am
Acho que sim, Fernando, foi isso que o Diego quis dizer.
setembro 25, 2009 às 1:53 am
Primeiro lugar igual hehe. Do Animal Collective, prefiro o Strawberry jam. No todo colocaria o The National mais bem colocado.
setembro 25, 2009 às 1:54 am
Verdade, o The National foi meio esnobado.
setembro 25, 2009 às 2:03 am
Bem, errei qual disco do Radiohead seria teu favorito, mas pelo menos concordamos que Kid A é o melhor disco deles nestes últimos 10 anos.
White Blood Cells não é, pra mim, o melhor WS desta década. Prefiro o De Stijl.
Ia dizer que discordava também em relação aos Strokes, mas enquanto escrevia este comentário, me dei conta que Room On Fire tem aslgumas canções melhores do que todas as do Is This It?, mas como disco ele é superior.
A única banda que senti falta (mentira, mas esta foi a que mais doeu) na tua lista foi o Death From Above 1979. Melhor banda do Canadá, muito superior ao Arcade Fire.
setembro 25, 2009 às 2:03 am
Mesmo com eventuais ressalvas aqui e ali, gostei bastante da lista. Ficou bastante representativa da década.
Mas concluí que Tiago é um nostálgico: dos dez primeiros, apenas um é da segunda metade da década.
E, além da lista de discos nacionais, haverá uma de melhores filmes (e shows? e canções?)?
Abraço.
setembro 25, 2009 às 2:07 am
Pois é, Arruda, eu percebi isso também. Mas não sei se sou exatamente um nostálgico, pô. Só acho realmente que o início da década foi muito interessante, hehe. Cara, depois da trabalheira que deu esta lista, talvez só faça outra em 2019. E filmes? Sei não, isso é campo minado…
Marcus, realmente esqueci do Death from Above 1979. Mas não colocaria entre os 50. Talvez entre os 80, mas aí é outra história.
setembro 25, 2009 às 2:32 am
Putz.. só eu que senti falta de Ágætis Byrjun, do Sigur Rós? Ok, não era um disco que esperava entre os dez, mas como você não colocou antes achei que entraria agora. Acho que é um álbum fundamental.
Do resto eu concordo, e nunca esperava o disco do Danger Mouse. Vou até escutá-lo agora de curiosidade.
Parabéns pelo esforço. A lista está muito boa! :D
setembro 25, 2009 às 2:34 am
Adoro esse disco, Felipe, mas ele é de 1999 e não entra na lista que pega o período entre 2000 e 2009 (e não 2001 e 2010, como o Diego gostaria).
Valeu pelo elogio. Deu um trabalho dos diabos.
setembro 25, 2009 às 2:34 am
Seleção perfeita, com um top 10 merecedor de uma playlist a rodar por semanas! Só acho que The Sophtware Slump merecia um lugar entre os cinquenta.
Abs.
setembro 25, 2009 às 2:35 am
Realmente, Daniel. Gosto muito desse disco, acabei esquecendo dele – mas não ficaria entre meus 50. Talvez entre os 60.
setembro 25, 2009 às 2:43 am
Nossa, que gafe! Eu jurava que Ágætis Byrjun era de 2000. Se valesse 99 também teria que entrar I See a Darkness e Soft Bulletin, eheeh
Ei! faça uma lista da década de 90! ahahaahha, brincadeira.. seria uma tortura ainda maior
setembro 25, 2009 às 2:50 am
Tiago, não me recordo se trata-se ou não de um disco dessa década, mas senti imensa falta de “you forgot it in people” em alguma posição. Seja qual fosse.
setembro 25, 2009 às 2:53 am
Puts, Felipe… Mas posso, dia desses, colocar uma lista sem comentários dos anos 90. Acho que tenho até uma pronta em algum lugar.
Leandro, é desta década sim, mas acabou não entrando…
setembro 25, 2009 às 3:26 am
Gostei da menção à Parachutes do Coldplay. Depois disso, na minha opinião, eles só foram ladeira abaixo, mas o frescor e a leveza deste primeiro disco são inegáveis!!
setembro 25, 2009 às 3:58 am
A lista tá ótima mesmo, mas você vai ter que fazer outra no fim do ano que vem :D
setembro 25, 2009 às 4:09 am
Um barato a lista, Tiago. Senti falta do Get Ready, do New Order, que considero um baita disco. Na minha o Is This It leva o caneco, até pelo orgulho de tê-lo ouvido ao vivo, na íntegra, e na minha frente. O Kid A é um ovni, mágico e assustador, mas suas sobras ainda me conquistam a cada audição. Se bobear o Amnesiac é meu disco preferido dos caras.
Abraço.
setembro 25, 2009 às 5:16 am
puta que o pariu, só tem porcaria. cadê essence, world without tears, west?
setembro 25, 2009 às 6:59 am
Сайт отличный. Вам награду бы за него или орден почета. =)
setembro 25, 2009 às 11:54 am
Leo, pois é. Concordo com você.
Diego, deixa de ser ranzinza. Tá parecendo meu avô (que já morreu).
Samuel, gosto do Get Ready, mas não incluiria o disco. Amnesiac é excelente mesmo, concordo.
Guilherme, eu sabia que ia rolar essa reclamação. Mas enfim. Faça a sua lista e depois a gente conversa, ok?
setembro 25, 2009 às 11:55 am
Kid A veio cedo, mas todo mundo já sabia que seria quase unânimidade.
Bom, só tenho a dizer que foi uma bela lista e que, pelo menos para mim, ainda serviu como referência para ir buscar algumas coisas que deixei passar. Valeu!
setembro 25, 2009 às 11:57 am
Stam, tecla SAP, ok?
Valeu, Pilon. O que gosto em listas é isso aí – correr atrás de coisas que eu não conhecia.
setembro 25, 2009 às 12:31 pm
Parabéns pelo top 10!
Algumas surpresas e discordâncias. Admito um pouco de preconceito com Daft Punk, mas o pouco que ouvi não me interessou, o filme vagabundo deles também não.
Surpreso com as boas posições de Smile, e principalmente Is This It. Mas quem sabe se não ficariam na mesma posição se eu fizer a minha lista?
Não sei se concordo com essa escolha de White Stripes, teria que ouvi-los outra vez. Ah Jack White, vc era um cara tão legal quando não estava tentando provar que é o maior músico de todos os tempos…
setembro 25, 2009 às 12:38 pm
Bruno, se você tiver alguma dúvida sobre o Daft Punk, é só ver um show dos caras. É impressionante. (E realmente, o filme deles não é bom).
Pois é, saudades dos velhos tempos de Jack White, haha.
setembro 25, 2009 às 2:31 pm
Acho que é a parte da lista com mais albuns que eu não incluiria de jeito nenhum (White Stripes, Arcade Fire), mas não posso reclamar de uma lista com Stankonia, Kid A, Yankee Hotel Foxtrot e Smile.
setembro 25, 2009 às 4:55 pm
Então Filipe não curte Arcade Fire… Essa eu não sabia.
setembro 25, 2009 às 8:56 pm
Muitas surpresas no Top 10 – a principal ficou por conta do Danger Mouse, um disco que nem foi “oficialmente lançado”. Mas numa década em que o álbum já não faz tanto sentido, ter a obra-prima do Radiohead (pelo menos ao meu ver) no topo, me deu esperanças quanto o que vem por aí.
E se é pra dar pitaco, pra mim faltou um Sigur Rós na lista. Pelo menos entre os 20 primeiros.
setembro 25, 2009 às 9:08 pm
Vários fãs de Sigur Ros aqui, hem.
setembro 26, 2009 às 2:21 am
Nao sei porque, mas tinha um pressentimento que o Smile seria o primeiro, hehe. Você me deixou bem curioso em relação a alguns discos de hip-hop, mas, sério, como é que você cita Lil Wayne e nem dá uma palavrinha sobre Madvillain? Absurdo!
setembro 26, 2009 às 9:15 pm
tiago, nem por um segundo eu pensaria que a dashing lucinda (que se casou no palco dia desses) entraria na sua lista conservadora. ainda faço votos de que v. reescute car wheels, entretanto.
vim aqui pra te recomendar o que já vem com um selo de RECOMENDADO OBRIGATÓRIO no rabo. keep an eye on the sky, bsides e alternate takes e demos de big star. reis do power pop, você com certeza conhece (se eu conheço…). esses 4 discos são a “lucinda do segundo semestre”. vou ouvir pra sempre.
setembro 26, 2009 às 9:21 pm
Rodrigo, gosto mto desse disco. Também ficou de fora Junior Boys, que adoro.
Ok, Guilherme, já sabemos o que você pensa sobre a Lucinda, certo?
setembro 26, 2009 às 9:23 pm
Ah, Gui, eu gosto muito do Car wheels. E ouvi bem esse disco (mas, nessa altura, só você ENTENDE da Lucinda…)
setembro 27, 2009 às 11:48 pm
Nossa, imagino o trabalhão que te deu fazer essa lista (que só li agora, na íntegra)! Eu já sofro pra fazer as listas de melhores do ano…
Parabéns pelas escolhas! Nem vou dar pitaco porque acho que todo mundo já deu, heheh. Vou é baixar os discos que não conheço porque sei que terei boas surpresas.
Beijo.
setembro 28, 2009 às 5:03 am
Cacara, que bela lista!
hehehehe
Só faltou o Argument, do Fugazi, pô esse disco é demais!
E realmente, Kid A merece, o único albúm do Radiohead que eu realmente gosto, mas como gosto!
setembro 28, 2009 às 12:39 pm
Valeu, Alê.
Não sabia que você gostava do Kid A, Danilo. Legal. Pensei no Fugazi sim, mas ele acabou sobrando…
setembro 28, 2009 às 8:06 pm
Realmente, não sou muito fã de Radiohead, mas o Kid A tem umas sacadas de encher o peito, levadas eletronicas cheias de sentimento…
outubro 2, 2009 às 7:02 pm
Cara tu praticamente adiantou a lista da Pitchfork que acabou de sair!
Muito boa lista e concordo em relação ao Kid A. E só lembrando, Pitchfork já tinha eleito o Radiohead com o melhor disco da década passada (Ok Computer) e agora fez de novo!!
Senti falta de algo do Drive-by Truckers (Decoration Day?) e sou da turma do Sigur Ros tb.
outubro 2, 2009 às 7:06 pm
“Cara tu praticamente adiantou a lista da Pitchfork que acabou de sair!” Me refiro ao top 10…está bem parecido.
outubro 2, 2009 às 7:07 pm
Cara, a Pitchfork não colocou o Danger Mouse, hehe. Não sei se essas coincidências são boas ou ruins. Enfim. Mas olha só: eu colocaria o ‘Nevermind’, e não o ‘Ok computer’, como primeiro dos 90s.
Drive-By Truckers entraria o ‘Brighter than creation’s dark’, mas ficou de fora por pouco. E gosto muito do disco do Sigur Ros que entrou na lista da Pitchfork, mas ele é de 1999…
outubro 2, 2009 às 7:14 pm
Eu colocaria Bandwagonesque com o álbum dos anos 90.
outubro 2, 2009 às 7:28 pm
Nos anos 90 eu colocaria o Slanted & Enchanted do Pavement, isso pois o Ok Computer é o disco da minha vida e não conta. :)