Paranoid android | Radiohead
Um guitarrista de uma banda de rock de Brasília, que entrevistei ontem, disse tudo o que precisamos saber sobre os shows do Radiohead no Brasil. Ele não é fã dos ingleses (aposto que prefere Primal Scream ou My Bloody Valentine), mas, quando perguntei se havia comprado ingresso, respondeu até com alguma irritação: “Óbvio, é uma das maiores bandas do século 20.”
Quem discorda? Impossível menosprezar uma apresentação do Radiohead. Não dá. É crime. Para o fã de música, de qualquer música, trata-se de um evento obrigatório (minto: para os fãs que estacionaram nos anos 80, recomendo o revival de Iron Maiden). Temos que usar traje esporte fino?
Numa rodada de entrevistas com músicos de Brasília – da geração que hoje tem 30, 35 anos -, foi impressionante notar como a banda é admirada até por quem nunca se interessou verdadeiramente por eles. Mais que influência musical, deixam uma lição de integridade que, por si só, justifica o culto. Quem mais conseguiu praticar tão radicalmente, e por tanto tempo, o sonho da liberdade de criação?
Teorizar sobre rebeldia é uma coisa – outra é lançar um single como Paranoid android (acompanhado deste clipezinho estranho aí, de Magnus Carlsson), sem refrão e quase sem nexo, para abrir os trabalhos de um álbuns violentamente machucado pelas tensões do fim de milênio.
Para mim, ainda parece um absurdo. Só de saber que eles vão tocar essa música, essa anomalia, essa obra-prima, daqui a alguns dias, ali na minha frente, dá frio na barriga. É como se o mundo estivesse para acabar. Se eu sobreviver, juro que tento uma explicação.
março 20, 2009 às 6:40 pm
Estava ouvindo Paranoid Android agorinha e tive reação semelhante. Ao vivo vai ser um petardo. Assim como vai ser com There, There. E Myxomatosis, se acontecer a zebra de tocarem.
março 20, 2009 às 6:51 pm
Se eles tocarem Exit Music (For a Film) e Black Star vai ser mais do que lindo
março 20, 2009 às 6:58 pm
O pior é que fico olhando pros setlists dos shows do México e não consigo me decidir sobre qual deles é o melhor.
Eu deveria ter ido ao show do Rio. Deveria.
Pra mim o momento mais emocionante acho que vai ser Everything in its right place. Aquele piano é de arrancar lágrimas.
março 20, 2009 às 8:15 pm
Por que? Tá apostando que no Rio vai ser melhor? Sei não, hein?
março 20, 2009 às 8:20 pm
É show do Radiohead, não vai ter um melhor. O que vier já vai ser excelente.
março 20, 2009 às 8:27 pm
Iuri, eu queria era ver OS DOIS.
março 20, 2009 às 8:36 pm
hahahaha
nossa, aí, sim, seria legal!
uma amiga minha foi… but, no money, no honey
e a previsão é de chuva mesmo? ainda não decidi se isso daria um toque legal ao show, dramático. prefiro ficar seco, acho
março 20, 2009 às 8:39 pm
Prefiro um show seco também, mas daria um toque interessante ao “rain down, rain down” do Paranoid android.
março 21, 2009 às 3:21 am
Vamos chorar todos juntos, num só soluço!
março 21, 2009 às 4:35 pm
Não precisa de explicação não. É de arrepiar, você vai pirar fácil. O show teve vários grandes momentos, se liga em You and Whose Army?:
março 22, 2009 às 7:04 pm
É uma das bandas mais importantes da história, acho que depois de Beatles, Rolling Stones e Dylan não saberia dizer nada mais influente. Só me irrita um pouco essa síndrome de importância dos fãs de alternativo e indie rock em geral. Tem neguinho que só por ouvir se julga altamente especializado em música mas se você perguntar o que é uma semifusa ele não sabe responder o que é. E pro desenvolvimento da teoria musical, Radiohead é tão irrelevante quanto Iron Maiden.
Acho que quem quer entender mais do assunto devia estudar bastante estética, análise e notação, tem gente pensando que banda do novo milênio tá inovando com coisa feita no final do século 19!
março 22, 2009 às 7:06 pm
E mais um comentário: shows em geral são decepcionantes. Só que ninguém admite.
março 23, 2009 às 12:29 am
crime porra nenhuma.
março 23, 2009 às 2:17 pm
Ok, anos 80. Iron Maiden, é nois.
março 23, 2009 às 5:31 pm
Foi obra-prima o Radiohead.
março 23, 2009 às 8:15 pm
O Show em sampa foi lindo!