Dia: outubro 3, 2008

VMB

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Toda vez que assisto ao Video Music Brasil me sinto como Bill Murray em O feitiço do tempo. Eternamente preso no Dia da Marmota. Há quantos anos o NXZero é o “artista do ano”? Há quantos anos a Pitty faz o “show do ano”? Há quantos anos Marcelo D2 está em busca da batida perfeita?

Anotem aí: daqui a uma década, este período em que estamos vivendo hoje será lembrado como uma espécie de idade das trevas do pop brasileiro. Uma dinastia de reis do hardcore melódico e de uma rainha invariavelmente agoniada. Um tédio. Ninguém melhor para apresentar esse prêmio que Marcos Mion. É que, no caso, as piadas também se repetem ano a ano, religiosamente. Há quantos anos o Marcos Mion tira a roupa por um motivo qualquer?

No quadro mais “ambicioso” do show, o exército sucateado do pop nacional foi convocado para cantarolar uma paródia de sucessos do pop. Entendi como humor involuntário. Mas o bizarro é que, ao recorrer a nomes internacionais para compensar a falta de novidades, a MTV apelou para Ben Harper (tomando um fora da Vanessa da Mata pela enésima vez) e, pior, para um Bloc Party movido a playback.

Aliás, o show da banda inglesa fez justiça à premiação. Desacaradamente fake. Automático. E bem menos divertido que uma performance trêbada da Britney Spears.

Eu quero meu VH1.