Antídoto aos excessos tecnológicos de Hollywood, esta singela animação ensina às crianças a importância de abandonar a rotina, dar um chute no sistema, abraçar os encantos da experiência artística, tomar uma nave para outro planeta (seria uma referência a abuso de drogas ilícitas, meu deus?!) e ser feliz, muito feliz. Concebido provavelmente por um grupo de bicho-grilos, que teria escrito este roteiro ao redor de uma fogueira, celebra as coisas simples da existência enquanto nos ensina a respeitar a natureza e a plantar verduras (!). Se eu tivesse um filho, não deixaria que ele assistisse ao filme: quando na fila do primeiro emprego medíocre, se lembraria dessa lição de “viva a liberdade” e bateria a cabeça na parede aos gritos de “sou um fracasso!”.

(N.E: Esta é a versão resumidíssima de um texto que, longo e derramado, hoje leva Tiago Superoito às raias do constrangimento).